Gênesis 46 — Comentário de Matthew Henry

Gênesis 46

Versículos 1-4: As promessas de Deus para Jacó; 5-27: Jacó e a sua família vão ao Egito; 28- 34: José se reúne com o seu pai e com os seus irmãos.

Vv. 1-4. Mesmo nas tarefas e empreendimentos que parecem ser mais gratos, devemos buscar o conselho, o auxílio e a bênção do Senhor. Quando obedecemos aos seus mandamentos e recebemos as dádivas de seu amor por causa de sua aliança conosco, temos a esperança de sua presença, e a paz que ela nos traz. Em todas as nossa mudanças devemos nos lembrar de nossa partida deste mundo. Quando passamos pelo vale da sombra da morte, nada é capaz de nos animar a não temer mal algum, a não ser a presença de Cristo.

Vv. 5-27. Aqui temos uma relação detalhada dos familiares de Jacó. Ainda que o cumprimento das promessas de Deus seja sempre seguro, contudo, costuma ser lento. Agora haviam se passado 215 anos desde que Deus prometera a Abraão que faria dele uma grande nação (Gn 12.2); contudo, este ramo de sua semente, à qual foi feita a promessa, somente aumentara a setenta pessoas, das quais se conserva esta relação específica para mostrar o poder de Deus para fazer com que estas setenta se tornassem uma grande nação.

Vv. 28-34. José considerou justo informar a faraó que a sua família iria estabelecer-se em seus domínios. se outras pessoas depositam a sua confiança em nós, não devemos ter atitudes baixas de abusar delas e nos impormos.

Porém, o que é que José fará com os seus irmãos? Houve um tempo em que eles confabularam juntos para livrar-se dele; agora José pensa onde estabelecê-los para que tenham melhor proveito. Esta atitude é devolver bem por mal. José queria que eles vivessem sozinhos na terra de Gósen, que estava mais próxima a Canaã.

Os pastores de ovelha eram uma abominação para os egípcios. Porém, José não queria que eles fossem envergonhados perante faraó, ao reconhecer que aquela era a sua ocupação. José poderia procurar para eles postos na corte ou no exército. Porém, tais distinções os teriam exposto à inveja dos egípcios, ou à tentação de esquecerem-se de Canaã e da promessa feita aos seus pais. Uma vocação honesta não é uma desgraça, nem devemos considerá-la como tal, senão ainda melhor é reconhecer como vergonhoso estar ocioso ou não ter algo para fazer. Geralmente, é melhor que as pessoas permaneçam na vocação para qual foram chamadas, e naquelas que estão acostumadas a desempenhar. seja qual for a atividade e a condição que Deus, em sua providência, nos tenha designado, acostumemo-nos a ela, sintamo-nos contentes e não ambicionemos posições mais altas, acima de nossa capacidade. É melhor ser bem-sucedido em um posto mais modesto do que ser envergonhado em um mais alto, que esteja acima de nossa capacidade. se desejarmos destruir a nossa alma bem como a de nossos filhos, procuremos grandes coisas para eles e para nós mesmos, acima do que somos capazes. Se quisermos ser felizes, estejamos contentes com o que temos, tendo comida e com que nos cobrir.

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