Significado de Sofonias 2

Sofonias 2

Em Sofonias 2 temos a continuação da mensagem profética entregue por Sofonias no livro do Antigo Testamento que leva seu nome. Este capítulo expande os temas de julgamento, arrependimento e restauração que foram apresentados nos capítulos anteriores.

O foco principal de Sofonias 2 é o julgamento iminente de várias nações ao redor de Judá, junto com um apelo ao arrependimento e um vislumbre de esperança para um remanescente.

O capítulo começa abordando diferentes nações, incluindo Filístia, Moabe, Amon, Cush (Etiópia) e Assíria. Sofonias pronuncia julgamento divino sobre essas nações por sua arrogância, idolatria e maus-tratos ao povo de Deus. Ele descreve as cidades sendo devastadas e as terras se tornando desoladas como resultado de seus caminhos pecaminosos. Isso serve como um lembrete de que o julgamento de Deus se estende além das fronteiras de Judá e abrange todas as nações que se afastaram Dele.

Em meio aos avisos de destruição iminente, Sofonias chama as nações ao arrependimento. Ele os exorta a buscar o Senhor e a se humilhar diante Dele, dando a entender que existe a possibilidade de misericórdia e salvação mesmo diante do julgamento. Sofonias destaca a importância de se afastar da maldade e retornar a Deus com humildade, oferecendo um vislumbre de esperança para aqueles que respondem a esse chamado.

O capítulo também traz o foco de volta para Judá, abordando o remanescente humilde e justo dentro da nação. Sofonias os encoraja a buscar a retidão e a confiar no Senhor, assegurando-lhes que serão preservados e testemunharão a restauração de suas fortunas. Essa restauração envolverá a reunião do povo de Deus disperso e a remoção de sua vergonha. Sofonias 2, portanto, apresenta uma mensagem multifacetada que abrange o julgamento, a possibilidade de arrependimento e a promessa de restauração para aqueles que se alinham com os caminhos de Deus.

Significado

2.1-3 Tendo entregue o aviso acerca do julgamento contra Judá, que se aproxima (Sf 1.2-18), o profeta, agora, exorta a nação a que se arrependa, comunitariamente (Sf 2.1,2) e individualmente (v. 3). Antes de virem a sofrer o terrível juízo previsto, no Dia do Senhor (Sf 1.14-18), devem as pessoas se congregar em arrependimento. Buscai o SENHOR. E esta a linguagem do genuíno arrependimento, da real renovação, da verdadeira regeneração. Sereis escondidos. Sofonias se utiliza aqui de um jogo de palavras, que representa o significado do seu próprio nome, escondido no Senhor. Mesmo em meio a toda a calamidade predita, a misericórdia e a graça do Senhor estariam disponíveis àqueles que se arrependessem.

2.4, 5 O enfoque do livro muda, da abordagem do julgamento de Judá e Jerusalém pelo Senhor para o Seu juízo das nações vizinhas. O juízo tem início pelas nações ocidentais, particularmente pela Filístia e suas principais cidades e postos de comércio marítimo. As cinco principais cidades dos filisteus eram: Gaza, Asquelom, Asdode, Ecrom e Gate. Somente esta última não é mencionada aqui. Quereteus é outro nome dos filisteus. Canaã é o antigo nome da terra do povo de Israel, que deriva do patronímico de seus primeiros habitantes. Mais tarde, a terra passou a chamar-se Palestina, ou Filístia, termo derivado do nome filisteu.

2.6, 7 A borda do mar será de pastagens. As cidades litorâneas da Filístia, bem como a planície costeira, que os filisteus dominaram por longo tempo, um dia se tornariam possessão dos hebreus. O mesmo Deus que levou destruição ao povo de Judá (Sf 1.14'18) restauraria sua sorte.

2.8, 9 Os povos de Moabe e Amom, a leste de Judá, eram hostis aos hebreus desde os tempos antigos. Moabe será como Sodoma. Eis aqui uma séria ameaça de castigo de Deus (Gn 19.12-29).

2.10, 11 O SENHOR será terrível para eles. Pode haver um duplo sentido nestas palavras. Os justos de Judá e Jerusalém teriam certamente uma reação de assombro e admiração diante de Deus, que havia respondido à oração de Seus servos; mas aos maus reservava-se reação um tanto diversa, de temor e terror. Todos virão adorá-lo. Haveria não somente remanescentes justos em Judá, mas também viriam ao Deus de Israel pessoas de todas as nações da terra.

2.12 Etíopes. Somente um versículo neste capítulo é dedicado à mensagem do Senhor aos povos do sul, os etíopes. E uma mensagem bem áspera e, como é Deus quem está falando, Seu julgamento será inevitável.

2.13-15 A Assíria ficava a leste de Judá. Como os exércitos antigos não podiam marchar pelo deserto, eles o contornavam, entrando na terra dos hebreus pelo norte. O pelicano como o ouriço eram animais geralmente encontrados em áreas remotas (Is 34.11); sua presença nas ruínas de Nínive comprovam a severidade da destruição anunciada para aquele povo. A cidade alegre e descuidada é uma expressão irônica, significando a transigência dessa cidade para com o pecado. O juízo de Deus recairia ali de maneira repentina, tornando toda aquela região útil apenas como pastagem.

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