Significado de Jonas 4

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4.1 — Jonas [...] ficou todo ressentido. Ao contrário de Deus, Jonas não se compadecia do povo de Nínive. Desgostou-se. A irritação do profeta não condizia com a boa notícia de que a cidade seria poupada. O próprio Jonas havia acabado de ser poupado do justo juízo de Deus, mas era incapaz de reconhecer algo no mesmo sentido. 

4.2 — Sabia. O próprio Jonas experimentou as excelências de Deus. Piedoso e misericordioso podem ser reformulados como admiravelmente piedoso. Benignidade também pode significar amor leal. Essa é a mesma palavra que Jonas usou em seu louvor a Deus no capítulo 2, versículo 8. Que te arrependes do mal. Neste recital acerca do caráter bendito de Deus, Jonas fundamentou a revelação do Senhor a Moisés (Êx 34.6,7). 

4.3,4 — Peço-te [...] tira-me a minha vida. Compare Jonas e Elias: o desejo de morrer de Jonas era consequência de sua indignação com o arrependimento do povo. O desejo de Elias era consequência de uma ânsia pelo arrependimento do povo (1 Rs 19.4). Alguns dias antes, Jonas gritou pedindo a Deus que o mantivesse vivo. 

4.5 — Até ver o que aconteceria à cidade. Em sua constante teimosia e falta de compaixão, Jonas tinha a esperança de que Deus julgaria Nínive. Era essa a principal queixa do Senhor contra ele (Sl 58). 

4.6 — Fez o SENHOR. Esse é o mesmo verbo [manah] foi usado no capítulo 1, versículo 17, para descrever que Deus estava preparando o 'Q _Q_ grande peixe. O termo também é usado no versículo 7 com relação ao verme e, no versículo 8, referindo-se ao vento oriental. O uso frequente do mesmo verbo no original é uma referência sutil à soberania de Deus. Uma planta. Na versão arc, afirma-se que seja uma aboboreira, no entanto, pode também ser um mamoneiro ou uma cabeceira. Talvez, fosse uma espécie que crescesse rapidamente. A fim de o livrar. O Senhor impediu que Jonas se afogasse (Jn 1.17); agora, Ele queria livrar Seu profeta do desconforto do sol. A capacidade que a misericórdia divina tem de alcançar os que não a merecem é um tema que continuava a frustrar Jonas, mesmo quando ele a estava sentindo. 

4.7 — Deus enviou um bicho. O livro de Jonas descreve o Senhor como soberano e livre para agir na criação. Deus pôs um verme na planta para servir como Seu agente na vida de Jonas. 

4.8 — Vento calmoso, oriental. O vento muito quente que sopra do deserto tira a umidade das plantas, fazendo com que elas sequem (Is 40.7,8). 

4.9 — A expressão traduzida por é acaso razoável vem do verbo yatab, que significa ser bom, fazer o bem ou ser agradável. Neste contexto, como em Gênesis 4-4, o termo tem a ver com conduta ética (Lv 5.4; Sl 36.3; Is 1.17; Jr 4-22; 13.23). A ira de Jonas (Jn 4.1) não surgiu de um desejo de justiça, mas de seu próprio egoísmo. Ele continuou a justificar sua atitude rebelde, e, mais uma vez, Deus foi misericordioso. 

4.10 — Compaixão descreve uma expressão de quem sente uma profunda pena (Sl 72.13; Ez 20.17; Jl 2.13,14). Entretanto, Jonas sentia mais pena de si mesmo do que da planta. 

4.11 — Compaixão. A mesma palavra usada para descrever o sentimento de Jonas com relação à planta no versículo 10 é utilizada como referência ao sentimento de Deus em relação ao povo de Nínive. Pessoas têm mais valor do que animais, e animais têm mais valor do que plantas, mas o Senhor tem um cuidado que se estende a toda a Sua criação. A piedade divina provém de Seu caráter (Jn4-2; compare comjl 2.13,14). Animais. Se Jonas pôde sentir pena de uma planta, que é menos importante do que um animal, é perfeitamente compreensível que Deus se apiedasse de seres humanos, os quais são feitos à imagem dele. O livro de Jonas termina com esta nota de contraste entre o coração rude de Jonas e o coração bondoso do Senhor.