Significado de Gênesis 29

Gênesis 29

Gênesis 29 é um capítulo que conta a história da chegada de Jacó a Paddan-aram e seu encontro com Raquel, por quem se apaixona à primeira vista. No entanto, o pai de Rachel, Laban, engana Jacob para que se case primeiro com sua irmã mais velha, Leah, e Jacob acaba tendo que trabalhar para Labão por sete anos para se casar com Rachel também. O capítulo também retrata a tensão entre Leah e Rachel enquanto elas competem pelo amor e atenção de Jacob.

Um dos temas-chave em Gênesis 29 são as consequências do engano e da trapaça. O engano de Labão para que Jacó se casasse com Lia em vez de Raquel, e a subsequente competição entre Lia e Raquel pelo amor de Jacó, serve como um lembrete das consequências destrutivas do engano e da manipulação. O capítulo também explora a importância da perseverança e do trabalho árduo para alcançar os objetivos de alguém, já que Jacó trabalhou por sete anos para se casar com Raquel.

Este é um capítulo que explora os temas de engano, competição, perseverança e trabalho duro. Descreve a chegada de Jacob em Paddan-aram, seu encontro com Rachel e subsequente casamento com Leah e Rachel, e a tensão entre as irmãs. O capítulo também serve como um lembrete da importância da integridade e do trabalho árduo para alcançarmos nossos objetivos.

Em resumo, Gênesis 29 conta a história da chegada de Jacó a Paddan-aram, seu encontro com Raquel e subsequente casamento com Lia e Raquel, e a competição entre as irmãs pelo amor de Jacó. O capítulo explora os temas do engano, competição, perseverança e trabalho duro, e serve como um lembrete das consequências do engano e da importância da integridade e do trabalho duro para alcançar nossos objetivos.

Comentário de Gênesis 29

Gênesis 29.1 Os filhos do Oriente não eram cananeus.

Gênesis 29:1-12 Há uma grande diferença entre a busca por uma noiva para Isaque e a forma como Jacó o faz. Na busca por Rebeca, a oração ocupa um lugar importante (Gênesis 24:12-14; Gênesis 24:21; Gênesis 24:26; Gênesis 24:27; Gênesis 24:42-48; Gênesis 24:52; Gênesis 24:63). Não lemos nada sobre isso aqui. O servo em Gênesis 24 tem todos os tesouros de seu senhor consigo. Jacó não tem nada. Mas assim como o servo, o encontro acontece num poço. Contudo, o poço está fechado aqui e em Gênesis 24 não está. E enquanto o servo volta diretamente com Rebeca, Jacó permanece na terra estrangeira por um total de vinte anos.

Jacó chega a um poço em sua jornada para a terra de sua mãe. Três rebanhos estão reunidos ali. No poço há uma pedra grande. É difícil rolar a pedra sozinho da boca do poço, por isso são necessários vários pastores. É por isso que os pastores esperam com seus rebanhos no poço até que todos estejam lá e então rolam juntos a pedra do poço. Quando as ovelhas bebem, a pedra é recolocada.

Jacó pergunta aos pastores se eles conhecem Labão. Através da resposta afirmativa Jacó sabe que está no caminho certo. Então ele pergunta se Labão está bem. A resposta também é afirmativa. Ao mesmo tempo, os pastores acrescentam que veem Raquel, filha de Labão, vindo com o seu rebanho. Rachel é uma pastora. Então Jacó propõe que eles dêem água às ovelhas e que possam ir. Então, como parece ser o pano de fundo de sua proposta, ele poderá ficar sozinho com Rachel. O acordo entre os pastores, porém, é que eles esperem um pelo outro para retirarem a pedra juntos, após o que poderão dar de beber às ovelhas.

Enquanto isso, Rachel chegou ao poço. Quando Jacó a vê, isso lhe dá tanto poder que ele tira a pedra sozinho. Ele também garante que as ovelhas de Labão recebam água. Em Jacó o pastor se revela. Este é um sinal de que ele é o homem com quem Deus segue o Seu caminho.

Deus vai com ele, embora ele ainda não vá com Deus. A escola que ele tem que passar é uma escola que nós também temos que passar. Deus é o Deus de Jacó por uma boa razão. Deus está ocupado formando este Jacó. Jacó é a figura de um crente que, através da disciplina de Deus, responderá cada vez mais ao propósito de Deus para com ele.

Gênesis 29.2-4 Os pastores naturalmente utilizavam o poço. Jacó conheceu Raquel diante de um poço, da mesma forma que o servo de Abraão encontrou a esposa de Isaque num poço. Talvez até o local fosse o mesmo. Em razão de Deus ter feito com que muitos eventos importantes ocorressem junto a poços, eles se tornaram símbolo do cuidado e da benção de Deus (Gn 16.14; 21.19,30; 26.32; Is 12.3; Jo 4.1-26)

Gênesis 29.5 O termo filho é usado aqui num sentido amplo. Na verdade, Naor era o avô de Labão (Gn 22.20- 23), e o pai deste era Betuel (Gn 24. 15,50).

Gênesis 29.6-8 Está ele bem? Ao perguntar sobre Labão, no idioma original, Jacó emprega o termo shalom, utilizado na narrativa bíblica de um modo peculiar. Quanto ao nome Raquel, é uma palavra carinhosa que significa ovelha meiga. Ela era filha do irmão da mãe de Jacó, ou seja, sua prima.

Gênesis 29.9, 10 Estando ele [Jacó] ainda falando com eles [os pastores]. Enquanto Jacó conversava com os pastores de Labão, a aproximação de Raquel se deu como um reflexo da chegada de Rebeca ao poço há muitos anos (Gn 24. 15-20). Mais uma vez, a sincronia de Deus foi perfeita (leia sobre Boaz e Rute em Rt 2.3).

Gênesis 29.11 E Jacó beijou a Raquel. Sem dúvida alguma, o filho mais novo de Isaque ouvira muitas vezes a história do momento em que sua mãe conheceu o servo de Abraão junto ao poço. Jacó sabia que o encontro deles havia sido providenciado por Deus.

Gênesis 29.12-15 Porque tu és meu irmão, hás de servir-me de graça? Declara-me qual será o teu salário. Neste momento, a história tomou um novo rumo. Labão se tornou um mercador de ovelhas, um bom parceiro para Jacó, aquele que vence.

Gênesis 29.16 Leia era a irmã mais velha de Raquel. Seu nome significava bezerra selvagem e provavelmente era um termo valoroso.

Gênesis 29.17 A expressão que descreve os olhos de Leia, olhos tenros, transmite a ideia de meiguice ou fragilidade no olhar. Quanto a Raquel, sua caracterização é similar à de Sarai (Gn 12.11) e à de Rebeca (Gn 24-16): bonita e atraente (NVI) o u de formoso semblante e formosa à vista [ARC].

Gênesis 29.18, 19 Jacó amava a Raquel. Este é um exemplo bíblico raro de amor à primeira vista. [Para ler sobre outro, veja o que ocorreu entre os pais de Jacó, em Gênesis 24.67.] Com o intuito de casar-se com Raquel, Jacó prestou serviços ao pai da jovem por sete longos anos, o que demonstra a grande apreciação do rapaz pela moça.

Gênesis 29.20, 21 E [os sete anos] foram aos seus olhos como poucos dias, pelo muito que a amava. Esta é uma expressão extraordinária de amor romântico na Bíblia.

Gênesis 29.22 Então Labão reuniu todo o povo daquele lugar e deu uma festa (NVI). O termo hebraico traduzido como festa indica que houve fartura de comida e bebida, como se pode observar na versão Almeida Revista e Corrigida, em que é empregado o vocábulo banquete.

Gênesis 29.23 E aconteceu, à tarde, que tomou Leia, sua filha, e trouxe-lha. E [Jacó] entrou a ela. Uma festa realizada publicamente para celebrar o casamento fez com que a união entre Jacó e Leia se tornasse oficial.

Gênesis 29.24, 25 E aconteceu pela manhã ver que era Leia. Somente pela manhã Jacó reconheceu quem realmente havia se deitado com ele. Deve ter sido inacreditável para o esposo e um enorme pesar para Leia. Este acontecimento também causou uma dor profunda em Raquel. O golpe sujo de Labão não só demonstrou desprezo da parte deste por Jacó, como também ressaltou seu desinteresse pelos sentimentos de suas duas filhas. Toda essa situação evidencia que naquela época as mulheres não tinham poder e nem direito de opinião diante dessas circunstâncias. Perante esse evento deplorável, Jacó expressa ao sogro toda a sua revolta, perguntando: Não te tenho servido por Raquel? Por que, pois, me enganaste? A palavra traduzida do hebraico como enganar quer dizer agir traiçoeiramente ou trair (1 Sm 19.17). Jacó, que outrora enganara o irmão, agora também havia sido enganado por Labão (Gn 27.35).

Gênesis 29.26 Não se faz assim no nosso lugar, que a menor se dê antes da primogênita. Segundo a NVI, Labão respondeu [a Jacó]: “Aqui não é costume entregar em casamento a filha mais nova antes da mais velha”. Nota-se claramente que Labão utilizou como justificativa para seu ato fraudulento a tradição ou a cultura da região onde vivia. Contudo, não se sabe ao certo se o costume era esse.

Gênesis 29.27 Cumpre a semana desta; então te daremos também a outra, pelo serviço que ainda outros sete anos servires comigo. Labão enganou Jacó a fim de conseguir mais sete anos de trabalho do genro. [Para saber outras informações a respeito dos acordos de Labão envolvendo seu rebanho, leia Gn 31.7,41.] No entanto, Jacó amava tanto Raquel que acabou concordando com essa proposta (v. 28).

Gênesis 29.28, 29 Da mesma forma que Zilpa em relação a Leia (v. 24), Bila mais tarde geraria um filho de Jacó, com o consentimento de Raquel, por causa da esterilidade desta (Gn 30.3-8).

Gênesis 29.30, 31 Vendo, pois, o SENHOR que Leia era aborrecida, abriu a sua madre; porém Raquel era estéril. Aborrecida (v. 33) quer dizer desprezada, termo empregado na NVI. O Senhor, por Sua graça, fez com que Leia tivesse um filho porque ela era rejeitada pelo marido. No antigo Oriente Médio, a cultura valorizava somente a mulher que podia ter filhos, especialmente meninos. Embora Raquel fosse a esposa amada por Jacó, ela era estéril. Raquel desejava a capacidade que Leia tinha de engravidar, enquanto Leia almejava o amor que Jacó dava a Raquel.

Gênesis 29.32 Leia orou ao Senhor para que Ele lhe desse um filho. Talvez ela tenha bradado entusiasmada “aqui está o filho!” quando Rúben nasceu, pois é exatamente isso que o nome dele significa. A fé de Leia em Yahweh é atestada em seu reconhecimento de que o Senhor olhara por sua necessidade e encontrara uma forma de recompensá-la. Este acontecimento nos lembra a história de Ana (1 Sm 1) e o grande exemplo do amor leal de Yahweh no Salmo 113.9. Porém, há outros aspectos a serem destacados além do exemplo isolado da concepção de um filho. Desde o nascimento de Caim (Gn 4.1), podem ser observadas inúmeras passagens do Antigo Testamento que relatam a persistência dos casais quanto à preservação da linhagem. Leia e Raquel se enquadram neste padrão, da mesma maneira que, antes delas, Sara e Rebeca. Por fim, essa busca pela perpetuação da descendência leva ao nascimento do Salvador (Mt 1.18-25), realizando-se assim o cumprimento da promessa original de Deus a Eva: dela viria a Semente que triunfaria sobre o inimigo (Gn 3.15).

Gênesis 29.33 O nome Simeão celebra o fato de que Deus ouviu as súplicas de Leia novamente. Ele atendeu às orações da filha mais velha de Labão porque observava seu trágico relacionamento com o marido.

Gênesis 29.34 Tempos depois, Deus escolheria a tribo de Levi para que dela se originassem os sacerdotes do tabernáculo. Assim, o nome Levi quer dizer ligado a Deus.

Gênesis 29.35 Judá, o último dos quatro filhos de Leia e Jacó, recebeu um nome que está relacionado (ou possui a pronúncia muito parecida) com a palavra mais usada na Bíblia para louvor ao Senhor (yadâ). Este verbo é traduzido como agradecer, mas seu significado mais apropriado é agradecer publicamente (SI 118.1). Neste versículo, Leia e Jacó (Gn 49.8) vinculam o nome Judá ao louvor a Yahweh. Os quatro nomes dos filhos de Leia expressam a busca dessa mulher pelo amor de seu marido. Porém, em cada caso, não é concedida a Leia a grande bênção almejada. Podemos observar também que o escritor de Gênesis não é um filólogo moderno — aquele que estuda a língua, a literatura e todos os fenômenos culturais de um povo — que transmite em cada nome os significados precisos das palavras em seu contexto histórico e desenvolvimento linguístico. Alguns desses nomes apenas soam como os vocábulos com os quais estão relacionados (Zebulom, em Gn 30.20). Outros são baseados em múltiplos trocadilhos (José, em Gn 30.24). Contudo, há aqueles a que se imprime a conotação que corresponde exatamente ao seu significado.

Índice: Gênesis 1 Gênesis 2 Gênesis 3 Gênesis 4 Gênesis 5 Gênesis 6 Gênesis 7 Gênesis 8 Gênesis 9 Gênesis 10 Gênesis 11 Gênesis 12 Gênesis 13 Gênesis 14 Gênesis 15 Gênesis 16 Gênesis 17 Gênesis 18 Gênesis 19 Gênesis 20 Gênesis 21 Gênesis 22 Gênesis 23 Gênesis 24 Gênesis 25 Gênesis 26 Gênesis 27 Gênesis 28 Gênesis 29 Gênesis 30 Gênesis 31 Gênesis 32 Gênesis 33 Gênesis 34 Gênesis 35 Gênesis 36 Gênesis 37 Gênesis 38 Gênesis 39 Gênesis 40 Gênesis 41 Gênesis 42 Gênesis 43 Gênesis 44 Gênesis 45 Gênesis 46 Gênesis 47 Gênesis 48 Gênesis 49 Gênesis 50