Significado de Gênesis 25

Gênesis 25

Gênesis 25 é um capítulo que cobre os últimos anos da vida de Abraão, bem como o nascimento e o início da vida de seus netos Jacó e Esaú. O capítulo descreve o casamento de Abraão com Quetura e o nascimento de seis filhos, bem como sua morte e sepultamento. Ele também apresenta a esposa de Isaque, Rebeca, e seus filhos gêmeos, Jacó e Esaú, que estão destinados a grandes conflitos nos próximos anos.

Além disso, Gênesis 25 levanta questões importantes sobre herança e dinâmica familiar. O capítulo destaca a tensão entre Esaú e Jacó, e o papel que a primogenitura e as bênçãos desempenham em sua rivalidade. Também revela a importância das promessas de Deus e o cumprimento de Seu plano, mesmo quando envolve circunstâncias difíceis e dolorosas.

Este é um capítulo significativo que enfatiza a importância da dinâmica familiar, da herança e do cumprimento do plano de Deus. Descreve os últimos anos da vida de Abraão e a introdução da próxima geração de sua família, incluindo os irmãos gêmeos Jacó e Esaú. O capítulo fornece informações valiosas sobre as complexidades dos relacionamentos familiares e a tensão que pode surgir entre irmãos.

Em resumo, Gênesis 25 cobre os últimos anos da vida de Abraão, incluindo seu casamento com Quetura e o nascimento de seus seis filhos. Ele também apresenta a esposa de Isaque, Rebeca, e seus filhos gêmeos, Jacó e Esaú, cuja rivalidade pelo direito de primogenitura e bênçãos desempenhará um papel significativo na narrativa que está por vir. O capítulo destaca a importância da dinâmica familiar, da herança e do cumprimento do plano de Deus e fornece informações valiosas sobre as complexidades dos relacionamentos familiares.

Comentário de Gênesis 25

Gênesis 25.1 A expressão hebraica traduzida como tomou outra pode ser interpretada como uniu-se. Quetura não foi a segunda esposa oficial de Abraão, e sim a concubina (v. 6; 1 Cr 1.32). Da mesma forma que uma esposa (mas não-oficial), Quetura provavelmente ficou com Abraão até que ele morresse. Seus filhos tiveram uma condição similar à de Ismael, o filho de Abraão com Agar (cap. 16), mas sem a bênção divina concedida àquele (Gn 16.10-16).

Gênesis 25.2 Midiã foi o pai dos midianitas, os quais compraram José dos irmãos deste (Gn 36.35; 37.28, 36).

Gênesis 25.3-5 Por ser o herdeiro legal de Abraão, Isaque recebeu tudo o que seu pai possuía. Além disso, também obteve a bênção de Deus (v. ll; 26.2-5).

Gênesis 25.6 As concubinas eram Agar e Quetura. Com o intuito de proteger a herança de Isaque, Abraão, antes de morrer, deu presentes a seus outros filhos e mandou-os embora.

Gênesis 25.7 Cumprindo o que havia prometido, Deus deu longevidade a Abraão.

Gênesis 25.8 Foi congregado ao seu povo. Esta expressão indica que o patriarca, após a morte, passou a desfrutar da vida eterna com Deus (Gn 15.15; 35.29; 49.33).

Gênesis 25.9 Abraão havia comprado a cova de Macpela para sepultar sua esposa, Sara (cap. 23).

Gênesis 25.10, 11 Deus abençoou Isaque porque Ele havia estabelecido uma aliança perpétua com o filho de Abraão (Gn 17.19; Hb 11.17). Os termos Laai-Roi significam poço daquele que vive e me vê. Neste poço, um anjo do Senhor tinha aparecido para Agar (Gn 16.7-14)

Gênesis 25.12-18 As gerações de Ismael. Esta passagem distingue a linhagem de Ismael, resultado da promessa feita ao filho de Agar (Gn 16.10-15), da linhagem de Isaque (iniciada no v. 19), alvo da gloriosa promessa de Deus (veja Gn 2.4 sobre outros registros de descendências em Gênesis).

Gênesis 25.16 Deus cumpriu Sua promessa a Abraão (Gn 17.20). De acordo com o texto da NVI, os doze filhos de Ismael se tomaram os líderes de suas tribos. Segundo a versão ARC, eles se tornaram doze príncipes. Assim como os israelitas foram divididos em 12 tribos (Gn 49), os povoados e acampamentos (NVI), ou vilas e castelos (ARC), dos ismaelitas receberam os seus nomes. Isto se deve ao fato de eles terem vivido como nómades.

Gênesis 25.17 A menção à morte de Ismael, após uma longa vida, é de extrema importância para a narrativa. A história é contada em torno de Isaque, mas isso não quer dizer que Ismael devesse ser esquecido.

Gênesis 25.18 Os descendentes de Ismael viveram em um extenso território, que incluía a península Arábica e a terra deserta entre Canaã e a Mesopotâmia.

Gênesis 25.19 Há dez importantes registros de descendência em Gênesis (veja Gn 2.4). Este é um deles.

Gênesis 25.20 A passagem sobre o casamento de Isaque com Rebeca está registrada no capítulo 24.

Gênesis 25.21 O verbo hebraico traduzido nesta passagem como orou (‘atar) é usado de forma esporádica na Bíblia; indica que Isaque pediu insistentemente em prol de sua esposa. (Para exemplos de orações veementes, veja Êxodo 8.30, 2 Samuel 21.14 e 24-25.) Isaque teve de esperar 20 anos para que suas orações fossem atendidas (v. 20, 26). A esposa dele era estéril. Como Sara e Raquel (Gn 16.1;29.31), Rebeca também era estéril. Depois de um período de infertilidade, o Senhor permitiu a concepção de cada criança da linhagem da promessa. Na época, a impossibilidade de a mulher gerar filhos era considerada um problema exclusivamente feminino. Com certeza, não havia conhecimentos de genética para constatar distúrbios funcionais no homem. E uma mulher infértil era vista como desafortunada pelo marido e pela sociedade (1 Sm 1.6). No Código de Hamurabi, a esterilidade era uma razão legítima para o divórcio, e uma mulher divorciada por causa disso não voltava a casar-se. Seu destino era lastimável. O recorrente estado de infertilidade na família à qual Deus prometeu descendentes serve como um lembrete, transmitido de geração em geração, de que os filhos que aquelas mulheres tiveram somente foram concebidos por causa da intervenção do Senhor, que ouviu as suas orações. Os filhos nascidos desta forma eram considerados presentes graciosos de Deus.

Gênesis 25.22 Duas nações lutavam dentro de Rebeca. Sua gravidez foi muito difícil. Rebeca orou ao Senhor, perguntando o motivo de estar se sentindo mal, e foi informada de que as duas crianças competiam em seu ventre.

Gênesis 25.23 O Senhor falou diretamente a Rebeca (Gn 16.8-11). A expressão duas nações, em Gênesis, é recorrente nas passagens que falam de dois irmãos, como a dos filhos de Eva (Gn 4), dos filhos de Tamar e Judá (Gn 38.27-30) e dos de José (Gn 48). No antigo Oriente Próximo, o filho nascido primeiro tinha preeminência. Mas, desta vez, Deus escolheu abençoar o menor (ARC) ou mais novo (NVI). [Compare com 1 Sm 16.]

Gênesis 25.24 O nascimento de gêmeos era considerado uma bênção especial.

Gênesis 25.25 A pronúncia do nome Esaú é semelhante à da palavra em hebraico que significa peludo.

Gênesis 25.26 O irmão mais novo agarrou o calcanhar do irmão mais velho no nascimento. A palavra no hebraico que significa calcanhar possui a pronúncia parecida com a do nome Jacó, que pode significar aquele que agarra o calcanhar (de outra pessoa) ou Ele (o Senhor) está em seu calcanhar (é seu Protetor). Pouco tempo depois, Esaú insultaria Jacó por causa da associação negativa do nome deste (Gn 27.36). Por fim, Deus daria um novo nome a Jacó: Israel (Gn 32.28).

Gênesis 25.27-34 Um estudo das narrativas patriarcais indica que houve dois aspectos proeminentes associados aos direitos de primogenitura: a liderança da família e a herança da promessa.

Gênesis 25.27 Esaú era perito na caça, varão do campo; Jacó varão simples, habitando em tendas. As personalidades contrastantes e os diferentes interesses dos dois irmãos lembram as disparidades entre Caim e Abel (Gn 4-2).

Gênesis 25.28 Amava Isaque a Esaú. A história a seguir ilustra essa predileção.

Gênesis 25.29, 30 A cor vermelha da pele e dos cabelos de Esaú aqui é relacionada ao seu enorme desejo por comida de coloração avermelhada. A partir deste momento, Esaú foi chamado de Edom, que significa vermelho. Mais tarde, essa peculiaridade estaria ligada à terra vermelha em que ele habitaria (Gn 36.8). [Também pode aludir ao fato de que ele era um homem natural, enquanto Jacó, um homem espiritual (ver 1 Co 15).]

Gênesis 25.31, 32 Esaú, por causa de sua condição de primogênito, tinha o direito de receber a porção dobrada das posses da família. Além disso, ele também herdaria de Isaque o privilégio da eterna aliança com Deus (Gn 12.1-3).

Gênesis 25.33 Jura-me hoje. O juramento formal, mesmo sem testemunhas, foi considerado uma obrigação contraída por ambas as partes.

Gênesis 25.34 O verbo hebraico traduzido como desprezar implica um absoluto desdém (Nm 15.31; 2 Sm 12.9; Ml 1.6). Esaú rejeitou a promessa de Deus aos descendentes de Isaque. Tempos depois, Esaú se arrependeria de suas ações, mas não conseguiria reverter a situação (Gn 27.38; Hb 12.17).

Índice: Gênesis 1 Gênesis 2 Gênesis 3 Gênesis 4 Gênesis 5 Gênesis 6 Gênesis 7 Gênesis 8 Gênesis 9 Gênesis 10 Gênesis 11 Gênesis 12 Gênesis 13 Gênesis 14 Gênesis 15 Gênesis 16 Gênesis 17 Gênesis 18 Gênesis 19 Gênesis 20 Gênesis 21 Gênesis 22 Gênesis 23 Gênesis 24 Gênesis 25 Gênesis 26 Gênesis 27 Gênesis 28 Gênesis 29 Gênesis 30 Gênesis 31 Gênesis 32 Gênesis 33 Gênesis 34 Gênesis 35 Gênesis 36 Gênesis 37 Gênesis 38 Gênesis 39 Gênesis 40 Gênesis 41 Gênesis 42 Gênesis 43 Gênesis 44 Gênesis 45 Gênesis 46 Gênesis 47 Gênesis 48 Gênesis 49 Gênesis 50