Significado de Ageu 2

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Significado de Ageu 2


Ageu 2

2.1-23 — A segunda parte do livro de Ageu centraliza seu foco no povo de Judá. O povo é aqui preparado para a verdadeira adoração ao Deus vivo. Este capítulo 2 tem três divisões: (1) a promessa de um templo futuro (v. 1-9); (2) a santidade na vida do povo (v. 10-19); (3) a bênção sobre Zorobabel (v. 20-23). 

2.1 — Vigésimo primeiro do mês. Pelo nosso atual calendário, esse vigésimo primeiro dia do mês seria 17 de outubro (de 520 a.C.). No antigo calendário judaico, era este o último dia da Festa dos Tabernáculos, ou Sucote (Lv 23.33-44). Durante esse feriado, o povo de Israel se abrigava em cabanas temporárias para celebrar sua partida do Egito, ocasião em que passou a morar em abrigos provisórios no deserto. 

2.2 — Fala agora. Ageu estava recebendo um novo chamado, para levar uma mensagem aos líderes Zorobabel e Josué (Ag 1.1) e ao verdadeiro e fiel povo de Deus (Ag 1.12). 

2.3 — O templo de Salomão era uma das maravilhas do mundo antigo (1 Rs 6). Tão magnífico que a ele não se podia comparar o novo templo. Pode ser, assim, que, concluída a obra, muitos achassem realmente o novo templo como nada, se comparado ao anterior. 

2.4 — Eu sou convosco. Mais uma vez é enfatizada esta maravilhosa observação do Senhor ao Seu povo (Ag 1.13), que, como já dito, foi a mesma endereçada a Moisés (Ex 3.12). As palavras deste versículo incitam uma comparação entre os eventos deste período e os do primeiro êxodo. Deus trouxera Seu povo liberto da Babilônia tal como o havia levado até ali liberto do Egito. A mensagem de Deus aos primeiros líderes, Moisés e Arão, e aos atuais, Zorobabel e Josué, era a mesma: Deus estaria sempre presente junto a eles. E a missão dos líderes na Terra Prometida era também a mesma: construir ali um lugar para a verdadeira adoração a Deus. 

2.5 — Segundo a palavra. O mesmo concerto, ou pacto, que ligou os israelitas a Deus ao deixarem o Egito ainda os mantinha conectados a Ele. Os eventos que haviam causado o declínio da nação e o exílio do povo em Babilônia não haviam rescindido de modo algum seu relacionamento, com base no concerto, que assegurava a presença de Deus junto ao Seu povo (Êx 29.42-46). 

2.6 — Farei tremer. Esta é outra maneira de se falar do Dia do Senhor. O propósito desse dia será o de preparar a terra para o glorioso, definitivo e eterno reinado de Jesus Cristo (Mt 24.29; Ap 6.12-17).


2.7 — Desejado de todas as nações. Há quem interprete estas palavras como um título messiânico, que fala da alegria dos redimidos pelo advento do reinado de Jesus Cristo. A palavra hebraica para desejado é usada nas Escrituras mais para objetos (como em 2 Cr 32.27; Os 13.15; Na 2.9), mas não deixa de ser usada também, ocasionalmente, para pessoas (1 Sm 9.20). 

2.8 — Prata... ouro. É de Deus o gado de mil montes, o ouro de todos os cofres e a riqueza de todas as nações. 

2.9 — Paz inclui boa saúde, bem-estar geral e vida abundante. O termo se refere ao que todos deveriam ter. 

2.10-19 — Nestes versículos, o profeta fala sobre a maneira com que a santidade na vida das pessoas se relaciona à sua adoração a Deus. Esta seção é subdividida em duas unidades: (1) assuntos concernentes a puro e impuro (v. 10-14); (2) questões relativas a bênção e maldição (v. 15-19). 

2.10 — Vigésimo quarto dia do mês nono corresponde em nosso calendário a 18 de dezembro (de 520 a.C.).

2.11 — As responsabilidades dos sacerdotes incluíam a liderança da adoração pública e instrução do povo sobre a natureza e o significado da lei de Deus. 

2.12 — Ficará este santificado? Como o papel dos sacerdotes era interpretar a lei de Deus, naturalmente que este questionamento sobre santidade teria de ser feito a eles. Ageu lhes pergunta se a santidade pode ser transferida por contato. Sua resposta é negativa. 

2.13-15 — Ficará isso imundo? Pergunta Ageu aos sacerdotes se uma pessoa religiosamente impura, alguém que haja tocado um cadáver, pode contaminar outra pelo toque. A resposta é afirmativa (Nm 19.11-13). Saber que a adoração do povo não estava sendo aceita no novo templo, mesmo após todo o esforço na reconstrução deste, deve ter sido um tanto frustrante. Mas a existência do templo em si não garantia coisa alguma. O coração do povo deveria estar, e não estava, em sintonia com os sacrifícios que ali eram oferecidos. 

2.16,17 — Não houve entre vós quem voltasse para mim. Apesar dos atos de Deus que retinham Sua bênção, o povo não havia se voltado para Ele como deveria. 

2.18-21 — Desde este dia: Deus determinou que abençoaria o Seu povo, mas este deveria reconhecer que o Senhor era sua fonte de prosperidade. 

2.22 — Derribarei. Ageu enfoca o poder de Deus para fazer Sua vontade prevalecer entre as nações (Dn 2.21). Estas palavras abrangem tanto a soberania de Deus sobre as nações, de maneira genérica, ao longo da história, quanto, de maneira específica, o juízo final das nações ímpias, quando o Pai passar o trono para o Filho como Rei dos reis (SI 2; 110; Ap 19). 

2.23 — Anel de selar era um item de grande valor no mundo antigo. Significava a assinatura pessoal do portador, uma alta autoridade, em documentos da maior importância. Deus faz uso desse simbolismo para indicar que Zorobabel era um anel de selar em Sua própria mão, e que tinha real valor, representando, em sua liderança do povo, a autoridade de Deus. Mesmo sabendo ser o povo ainda impuro aos olhos de Deus (Ag 2.10-14), seu líder, Zorobabel, estava sendo encorajado a guiá-lo nesses tempos de provação espiritual.