Interpretação de Isaías 56 e 57

Interpretação de Isaías 56 e 57

Interpretação de Isaías 56 e 57






Isaías 56

Sermão VIII. Os Gentios Serão Incluídos nas Bênçãos de Israel. 56:1-8.
Temos aqui uma advertência aos crentes a que mantenham o testemunho de uma vida piedosa. No devido tempo colherão, "se não desanimarem". A guarda carinhosa do sábado foi especialmente enfatizada como sinal contratual que testifica de uma fé salvadora. Os gentios convertidos á fé de Israel recebem a afirmação de uma cidadania plena e permanente no reino de Deus. Os eunucos (e por implicação todos os crentes sem filhos) que manifestam a fé salvadora por meio de sua vida piedosa, recebem a certeza da vida eterna e uma gloria muito mais significativa do que a de uma longa linhagem de descendentes. Dois grupos estão incluídos entre o povo de Deus: os convertidos gentios e os párias de Israel. Em contraste com os crentes nominais, hipócritas, demonstrarão amor sincero pelo sábado e adesão cordial à aliança.

Sermão IX. Condenação dos Líderes Corruptos de Israel. 56:9 - 57:21.
9-12. A Acusação contra os profetas egoístas e inescrupulosos de Israel. (Esta passagem volta-se para as condições morais degeneradoras do tempo de Isaías, que prevaleciam no reinado de Manassés.) Esses profetas são descritos como atalaias que não vigiam. São como cães que não latem para advertir os homens do perigo, estando interessados apenas em encher seus próprios ventres. Ou, como pastores estúpidos, tão inteiramente ocupados com seus próprios interesses que não cuidam de suas ovelhas, mas que se entregam a bebedices.

Isaías 57
57:1, 2. Deus expressa indignação diante da situação angustiosa dos crentes fiéis e conscienciosos que estão sondo explorados pelos líderes cruéis e imorais da sociedade judia. Um exemplo notável de tal líder foi o Rei Manassés, que "derramou muitíssimo sangue inocente, até encher a Jerusalém de um ao outro extremo" (II Reis 21:16). Esses mártires, contudo, foram salvos dos horrores do iminente cerco e conseqüente exílio de Judá e passaram para o "seio de Abraão" (Lc. 16:22), para ali aguardarem a ressurreição de Cristo.
Os versículos 3-10 descrevem as abominações da adoração dos ídolos por parte de Judá.
3. O parentesco degenerado dos idólatras indica-se por suas práticas degeneradas.
4. Eles faziam esgares de zombaria e desprezo contra Jeová.
5. Junto aos terebintos e não com os ídolos. Eles consentiam em rituais e orgias sexuais nos bosques de terebintos e realizavam sacrifícios infantis.
6. Ribeiros. Antes, vales. Lá eles ofereciam bebidas aos seus ídolos.
7. Nos lugares altos se encontravam seus santuários, onde cometiam adultério espiritual.
8. O leito . . . alargas. Uma referência ao culto de diversos deuses ao mesmo tempo.
9. O rei é provavelmente o deus-rei. Moloque (e não algum reí humano).
10. Apesar da amargura e da escravidão resultante de sua vida ímpia, o povo de Judá estava demasiado obcecado para abandoná-la.
11-13. Esses compromissos teológicos foram feitos sob a pressão dos poderes pagãos – embora todos esses poderes fossem provenientes de insignificantes mortais – quando, ao mesmo tempo, negligenciou-se o seu Deus misericordioso. Nas próximas invasões eles teriam de olhar para os seus ídolos inúteis em busca de um livramento que não viria. Só verdadeiros crentes herdariam o Reino de Deus.
14-21. O profeta fala da compaixão do Senhor para com os verdadeiros arrependidos. Aterrar refere-se à construção de urna estrada atravessando campos e matas, por meio de uma elevação contínua de terna e pedras. Os tropeços são os corações idólatras e não arrependidos. O versículo 15 apresenta a declaração clássica nas Escrituras de duas habitações divinas. Vivificar, isto é, restaurar a vida ao que está espiritualmente morto (lit. fazer viver).
16. O espírito, isto é, do pecador culpado, sendo repreendido.
17. Esta cobiça (besa’) é provavelmente a expressão hebraica que mais se aproxima do português "egoísmo".
18. A graça de Deus é concedida sem o menor mérito para justificá-la.
19. O Senhor concede bênçãos que inspiram os lábios humanos a oferecerem adoração e louvor – Fruto dos seus lábios (cons. Hb. 13:15). Os homens o louvam pela paz genuína e perfeita (aqui shalom, como em Is. 26:3). Os que estão longe – gentios convertidos; os que estão perto – judeus convertidos (cons. Ef. 2:17).
20. Os perversos aqui são representados pela palavra usada para "ímpios" (Sl. 1) ou "moralmente fora de lugar" (rasha'). Os não convertidos jamais conseguem encontrar a paz verdadeira, mas finalmente são vomitados como abomináveis destroços na praia do tempo.

Seção Três. O Programa da Paz. 58:1 - 66:24.

Nesta terceira seção de Isaías a ênfase está sobre o Espírito Santo que põe em prática e estende a obra da redenção. O programa da graça divina está esboçado até o fim desta dispensação e o começo do novo mundo.

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