Jó se Queixa de Deus — Jó 9:17-24

JÓ QUEIXA-SE DE DEUS (Jó 9.17-24). Segue-se, de 17-24, uma terrível imagem de Deus: um Deus irado que castiga sem causa; que não lhe consente sequer respirar (v.18); que se apóia não na justiça mas na força (v.19); que destrói indiscriminadamente o homem mau (v.22); que se ri das torturas do inocente (v.23); que abandona a terra aos homens perversos e cobre o rosto dos juízes para que eles não vejam a iniqüidade (v.24).

Como esperar uma resposta justa de um tal Deus? Jó é torturado pelo medo de que a sua perturbação o leve a confessar uma culpa que, na realidade, não tem (v.20-21). Note-se o versículo 21: Ainda que perfeito, não estimo a minha alma; desprezo a minha vida. Jó firma-se, corajosamente, na sua integridade. Não pode abandoná-la ainda que tenha de morrer por ela. A coisa é esta (v.22). É provável que o sentido seja o seguinte: “tanto faz morrer como viver. A vida tornou-se odiosa”. Relacionem-se estas palavras com o versículo anterior.