A Desumanidade do Homem Para com o Homem — Eclesiastes 4:1-3

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A família humana tem sofrido por muito tempo terrível opressão e injustiça. Baseado nas suas observações, feitas há quase 3.000 anos, o Rei Salomão escreveu: “Eu mesmo retornei, a fim de ver todos os atos de opressão que se praticam debaixo do sol, e eis as lágrimas dos oprimidos, mas eles não tinham consolador; e do lado dos seus opressores havia poder, de modo que não tinham consolador. E congratulei os mortos que já tinham morrido, em vez de os vivos que ainda viviam. Portanto, melhor do que ambos é aquele que ainda não veio a existir, que não viu o trabalho calamitoso que se faz debaixo do sol.” — Ecl. 4:1-3.

Evidentemente, no começo Salomão deu apenas passageira atenção à desumanidade do homem para com o homem. No entanto, ‘ao retornar’, quer dizer, ao reconsiderar o assunto, ficou espantado em quão grande era realmente a opressão. Visto que os opressores tinham o poder ou a autoridade, os oprimidos eram obrigados a suportar sua sorte lastimável sem que alguém se compadecesse deles ou os consolasse. A situação era tão aflitiva, que Salomão chegou à conclusão de que os mortos estavam em melhores condições, visto que não mais tinham de sofrer os efeitos prejudiciais da injustiça. Encarado deste ponto de vista, aquele que ainda não nasceu ainda está em melhor situação, visto que não precisa ver nem sofrer esta terrível calamidade.

Quão vigorosamente isto ilustra a incapacidade humana de erradicar a injustiça e a tirania! Nem mesmo o Rei Salomão, com toda a sua sabedoria e autoridade, podia endireitar a miséria resultante da imperfeição humana. Apenas Deus, por meio de Jesus Cristo, pode fazer isso. São deveras boas novas, de que ele promete causar a libertação da aflição no tempo mais apropriado para todos os envolvidos. — Ap. 21:3, 4.