Alimentos Dedicados a Ídolos na Igreja de Corinto

IDOLOS, ALIMENTOS, DEDICADOS, CORINTO, IGREJA, ESTUDO BIBLICO
Alimentos Dedicados a Ídolos na Igreja de Corinto. Muito importa compreender o pano-de-fundo da discussão paulina a respeito dos alimentos associados à adoração idólatra. No antigo mundo pagão, os santuários eram os principais supridores de carne verde para consumo humano. Portanto, a maior parte da carne que se vendia nos açougues fora dedicada a algum ídolo. Os deuses pagãos recebiam uma porção simbólica, oferecida em holocausto sobre um altar - e usualmente não era um “pedaço seleto”, para dizer a verdade! Após uma refeição sacramental em companhia do adorador, os sacerdotes ofereciam à venda ao público a carne restante. Os judeus, contudo, usualmente adquiriam carne nos açougues de judeus, onde podiam ter a certeza que a carne não fora consagrada a alguma divindade pagã. Deveriam os cristãos ser tão escrupulosos quanto os judeus? Ler I Coríntios 8:1-11:1.

Paulo defendia a liberdade do crente de comer tais carnes, mas faz uma advertência a seus leitores, para que não permitissem que o exercício de tal liberdade viesse a produzir dano a pessoas sem consciência bem formada. Em outras palavras, um cristão que perceba que os ídolos não tem existência divina real, pode comer carnes dedicadas a ídolos sem qualquer prejuízo para a sua consciência. Porém se pessoas que imaginam que os ídolos possuem real existência divina estiverem observando, então um crente melhor informado deveria refrear-se de comer tal carne, para não suceder que fique danificada a vida cristã de cristãos desinformados, e para que não venha ele a perder seu testemunho perante os incrédulos.

Cf. Assunto da Ressurreição na Igreja de Corinto
Cf. Divisões na Igreja de Corinto
Cf. Casamento e Divórcio na Igreja de Corinto
Cf. Falar em Línguas na Igreja de Corinto

Deve-se notar que o equilíbrio entre a liberdade e a “lei do amor” envolve somente questões cerimoniais e outras, as quais são neutras da perspectiva da moralidade. Paulo adverte que embora ele estivesse permitindo o consumo judicioso de carnes dedicadas a ídolos, sob hipótese alguma ele permitia a participação em festividades idólatras, vinculadas que estão à adoração pagã. (Os templos pagãos com freqüência contavam com salas de jantar auxiliares, onde havia refeições sociais e de cunho religioso.) Seria uma crassa incoerência para um crente participar tanto da Ceia do Senhor como das ceias associadas a uma adoração a falsas divindades, inspirada pelos próprios demônios. Paulo destaca que quando, nos dias do Antigo Testamento, Israel se associou a festividades pagãs, também caiu em formas de adoração pagã que só conduzia à imoralidade.