Comentário de John Gill: Apocalipse 6:2

E eu vi, e eis um cavalo branco,... Representando o ministério do Evangelho, nos tempos dos apóstolos, que estava agora acabamento, João sendo o último deles, que teve esta visão, e o “cavalo” de ser uma criatura veloz, majestosa, e bélica, e sem medo da oposição e da guerra, que pode conceber o rápido progresso do Evangelho no mundo, a majestade, poder e autoridade com que ele veio, e se reuniu com a oposição; e sei “branco” pode denotar a pureza das verdades do Evangelho, que proclama a paz, a alegria traz, e o triunfo obtido, por conta das vitórias obtidas por ele, e que é posteriormente sugerido: cavalos brancos foram usados em triunfo, em sinal de vitória (n); um cavalo branco, em um sonho, é um bom sinal com os judeus (o); e Astrampsychus diz (p), uma visão de cavalos brancos é uma aparição de anjos, e assim um dos anjos que os judeus acreditam tomar cuidado dos homens, e para a preservação deles, é dito (q) como andando à sua mão direita, em cima de um cavalo branco, mas o cavaleiro aqui não é um anjo, mas o cabeça de todo principado e poder:

E aquele sentado nele tinha um arco;... Com flechas; o arco é a palavra do Evangelho, e as flexas as doutrinas do mesmo; veja Hab 3:9; assim chamada devido a sua rapidez, velocidade, penetração, natureza perfurante, atingido bem nos corações dos homens; deixando aberto o segredo dos pensamentos e a iniquidade deles; ferindo-os e fazendo-os cair, e subjulgando-os ao cetro do reino de Cristo:

E uma coroa foi dada a ele;... Por Deus o Pai; expressivo do poder régio de Cristo e autoridade, de sua honra e dignidade, das suas vitórias e conquistas:

E ele saiu, conquistando e para conquistar;... No ministério do Evangelho, que saiu, assim como todos os primeiros ministros de que, a partir de Jerusalém, para as diversas partes do mundo, do leste, de cujo lado do trono estava a primeira criatura viva, que convidou João para vir e ver este espetáculo, como o padrão da tribo de Judá, que tinha um leão em cima dele, estava no lado leste do acampamento de Israel, e de Sião que saiu a palavra do Senhor, que foi muito vitoriosa, tanto entre judeus e gentios, para a conversão de milhares deles, e para o plantio de uma multidão de igrejas entre eles, e para a criação, avançando o reino de Cristo, mas na medida em que todas as coisas ainda não estejam sujeitos para ele, ele é representado como indo adiante no Evangelho, ainda vencendo e para vencer, o que ainda precisa ser conquistado: que Cristo foi concebido por aquele que estava sentado sobre o cavalo branco, e é assim descrito, é evidente a partir Ap 19:11, com o qual comparar Sl. 45:3, embora este emblema possa se referir ao império romano, o cavalo branco pode ser um emblema da força, do guerreiro e de um conquistador do mesmo; e o cavaleiro que tem um arco e uma coroa pode projetar Vespasiano, a quem Cristo fez uso como um instrumento para conquistar seus inimigos, os judeus, e que, em consequência disso, teve a coroa imperial colocada sobre ele, e pode ainda ser observado que, embora a conquista deles fosse muito grande, ainda assim eles depois levantaram-se no império, em grande número, se rebelaram e fizeram muito mal, quando foram inteiramente conquistados por Trajano e Adriano, que parecem ser destinados no selo que vem.



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Notas
(n) Victor Aurel. de Viris Illustr. em Fur Camill.
(o) T. Bab. Sanhedrin, fol. 93. 1.
(p) In Oneiro Criticis, apud Mede.
(q) Shaare Zion, fol. 102. 2.


Fonte: John Gill's Exposition of the Entire Bible de Dr. John Gill (1690-1771)