Comentário de Albert Barnes: João 1:19-20

Esse é o relato – A palavra “relato” aqui significa “testemunho”, em qualquer forma que ela aparecer. A palavra “relato” agora se refere comumente a evidência “escrita”. Esse não é seu significa aqui. O testemunho de João foi dado sem a escrita.

Quando os judeus enviaram - A fama de João era grande. Veja Mat 3:5. Espalhou-se a partir da região da Galiléia a Jerusalém, e a nação parecia supor, a partir do caráter de sua pregação, que ele era o Messias, Luc 3:15. O grande conselho da nação, ou o Sinédrio, tivera, entre outras coisas, a imposição da religião. Eles sentiram que era seu dever, portanto, se informar sobre o caráter e as reivindicações de João, e saber se ele era o Messias. Não é improvável que eles desejassem que ele fosse o tão esperado Cristo, e estivessem dispostos à considerá-lo como tal.

Sacerdotes e Levitas – Veja as notas em Lucas 10:31-32. Esses eram provavelmente membros do Sinédrio.

João 1:20 -

Eu não sou o Cristo - Essa confissão comprova que João não era um impostor. Ele tinha uma reputação de largura. A nação estava esperando que o Messias estivesse para vir, e as multidões estavam prontas para acreditar que João era ele, Luc 3:15. Se João tivesse sido um impostor, ele teria se aproveitado desse estado animado do sentimento público, se proclamado o Messias, e formado um grande partido em seu favor. O fato dele não se aproveitar disso mostra que ele não tinha a intenção de agir como um impostor para as pessoas, mas veio apenas como o precursor de Cristo, e o seu exemplo mostra que todos os cristãos e, especialmente, todos os ministros cristãos, por mais que possam ser honrados e benditos, devem estar dispostos a colocar todas as suas homenagens aos pés de Jesus, mantendo-se atrás e mostrando-O diante do mundo, sendo Ele o Filho único de Deus. Pois, fazer isso é uma marca eminente do verdadeiro espírito de um ministro do evangelho.