Comentário de J.W Scott: Jonas 1:1-3

comentário bíblico de jonas
I. A COMISSÃO A JONAS, DADA E REJEITADA Jonas 1.1-3

Jonas aparece como alguém para quem veio a palavra do Senhor, isto é, como para um profeta. (Cf. 2Rs 14.25 quanto a outros detalhes sobre Jonas). Sua incumbência foi tão incomum quanto indesejável, pois Nínive, poderosa e famosa, era capital do império pagão da Assíria, o inimigo constante de Israel. A frase subiu até mim (2) apresenta Jeová como "Juiz de toda a terra (Gn 18.25; cf. Gn 6.13).

Imediatamente Jonas resignou sua comissão profética, de modo deliberado. A ênfase sobre o fato de que fugiu de diante da face do Senhor (3; ver também Jonas 1.10) não subentende uma crença como a de Naamã, em 2Rs 5.17, de que a presença de Jeová se restringisse ao solo de Israel. Os versículos 2b e 9 provam o contrário. Pelo contrário, tal fato indica que o profeta se retirara da intimidade com Jeová. Não mais podia o profeta dizer sobre seu Deus, "perante cuja face estou" (1Rs 17.1). Jonas fez o que Moisés temeu fazer (Êx 33.14-15), e também perdeu o "descanso" que acompanha a presença de Deus.

Com um gesto de independência, o servo de Jeová escolheu um destino, Társis, no outro extremo do mar Mediterrâneo, bem longe de onde se encontrava. Passando a depender então de seus recursos, ele pagou, pois, a sua passagem no navio e embarcou (3). Jope, que é a moderna cidade de Jafa, é o único porto considerável na costa da Palestina. É interessante observar que Jope também desempenha importante papel, na história do Novo Testamento sobre Pedro e os gentios, em At 10.1-11.18.