Comentário de João 6:67-68

6:67 - Então, disse Jesus aos doze,… “Aos seus próprios doze”, como a versão Persa lê; ou seja, aos seus doze apóstolos, a quem ele tinha escolhido para esse ofício: Cricomentario do evangelho de João, comentario biblicosto não tomou nota daqueles que foram embora, ele não mostrou preocupação com eles; ele sabia o que eles eram, que a verdade do Evangelho não estava neles, e que eles não pertencia nele, e, portanto, não ficou incomodado com a partida deles; mas se virou para seus apóstolos, a quem ele tanto amava e em uma maneira muito terna, portanto, disse a eles.

Vós também ireis embora? Isto que ele disse, não como ignorante do que eles eram, ou do que eles fariam neste caso; ele sabia bem da fé deles nele, o amor deles por ele, e a estima dele, e o apego íntimo por ele, pelo menos em onze deles; nem ele disse isto, como tendo qualquer medo ou ciúmes relativo à eles, observando qualquer coisa nos semblantes deles ou gestos que se pareciam com uma partida dele; mas foi dito de uma consideração tenra e afeto forte por eles: e é como se ele devesse ter dito: quanto a estes homens que caminharam comigo durante algum tempo, e viraram as costas para mim, eles não me dão nenhuma preocupação; mas deve vós, meus queridos amigos e companheiros, também irem, o que me daria, como homem, real dor e grande intranquilidade: ou ele poderia dizer isto, que, uma vez que eles não foram forçados a entrarem nesse serviço, mas de boa vontade o seguiram, e se tornaram os seus discípulos, sendo feito pessoas dispostas por ele, pelo dia do poder dele neles; assim eles continuaram de boa vontade com ele, e habitaram por ele; como também fortalecer a fé deles nele, e os faz se aproximar mais dele, com propósito de coração pleno, quando outros o deixaram; como também observar deles as suas expressões de consideração para com ele, e fé nele, e cuja finalidade foi correspondida.

6:68 - Então, Simão Pedro respondeu,… Que era forte na fé em Cristo, e cheio de zelo por ele e amor; e que era a boca dos apóstolos, e sempre disposto para expressar a abundância da sinceridade de seu coração, no nome deles; crendo que eles todos, porque ele não tinha nenhuma suspeita de Judas, não mais do que o resto, tinham a mesma fé em Cristo, amor a ele, e estima dele, como ele mesmo tinha; portanto, de uma boa opinião deles e amor a Cristo, ele, assim, se dirige a ele:

Senhor;… Ou “meu Senhor”; como a versão Siríaca a verte; que era tanto um título de respeito, e o mesmo que “Senhor” como usamos hoje; ou mais, como reconhecendo o domínio e a autoridade de Cristo, como o Senhor de tudo, e especialmente dos santos, e como clamando seu interesse nele; e que leva com isso uma razão do porque eles deviam continuar a se apegarem a ele:

Para quem iremos nós? Como um professor, cujo ministério nós podemos assistir, para maior lucro e vantagem? Não para os Escribas e Fariseus cujo fermento ou doutrina, Cristo tinha os licitado a se precaverem; que ensinavam as doutrinas e as ordens dos homens, e eram os líderes cegos dos cegos; nem a João Batista que tinha declarado que ele não era o Messias; mas tinha o indicado na pessoa dele, como o filho de Deus; e no ofício dele como o Cordeiro de Deus que tira os pecados dos homens; e talvez ele não estivesse vivo agora; e se ele estivesse, ele teria os encorajado para que eles não o seguissem, mas permanecessem firmes e leais ao mestre deles, Jesus Cristo; de forma que, não há nenhum outro, que fosse melhor, como expressa Nonnus, que eles pudessem ir; e, então, seria loucura neles o deixar: e como foi com Pedro e o restante dos discípulos, assim será com todos os pecadores sensatos, e os verdadeiros crentes que veem que não há nenhum outro para ir e ter vida e salvação, mas apenas Cristo; não para a lei de Moisés que os acusa de maldições, e os condena, e pela qual não há nem vida nem retidão; nem para qualquer criatura, ou desempenho da criatura, porque para este há uma maldição ao confiar no homem,[1] e faz da carne o seu braço;[2]
nem para a própria retidão deles que é impura e imperfeita e não pode justificar diante de Deus, nem responde por eles por um tempo por vir; nem para as suas lágrimas de arrependimento que não satisfarão a lei para os reconciliar, devido os seus pecados, ou os lavar; nem a descendência carnal, nascimento privilegiado, uma educação religiosa, sobriedade, e civilidade, porque confiar e ter confiança na carne não será de nenhum proveito; nem para serviços cerimoniais, ou deveres morais, ou até mesmo ordenações evangélicas, que nenhum destes podem tirar o pecado. Não há nenhum outro Salvador, apenas Cristo; nenhum outro Mediador entre Deus e homem, dos quais se pode fazer uso; nenhum outro médico de valor, para o doente e as almas doentes dos pecadores; nenhuma outra fonte, a não ser o sangue dele, para suas almas poluídas serem lavadas, e serem limpas; nenhuma outra cidade de refúgio, ou torre forte, porque as almas cientes do perigo, fogem para estarem seguras; nenhum outro vem como o pão da vida onde podem ser alimentadas as almas famintas; nenhum outro lugar de descanso, para esses que estão cansados e sobrecarregados; nem há qualquer outro, onde há, antes toda a graça, e segurança de todo inimigo, como nele: e então, a quem podem ter eles segurança, a não ser ele e somente nele? E pela razão seguinte:

Tu tens as palavras da vida eterna: Significando, ou as promessas da vida eterna que foram feitas antes do mundo começar, e foram postas nas mãos de Cristo, para o seu povo, e são sim e amém nele; ou as doutrinas da vida eterna; porque assim o Evangelho, e as verdades dele são chamada, Atos 5:20; e porque o Evangelho traz vida e imortalidade para iluminar, dá um relato de vida eterna; da natureza, que é uma vida gloriosa, uma vida livre de todas as tristezas do presente; uma vida de prazer, e de conhecimento perfeito e santidade, e que durará para sempre: e porque indica o modo disso, que não vem pelos trabalhos da lei, mas pela graça de Deus; que é o presente gratuito dele, por Cristo; e Cristo que é o caminho, a verdade, e a vida, ou o verdadeiro caminho para a vida eterna: e porque é o meio de vivificar os pecadores mortos, e de reavivar verdadeiros crentes, e nutrir para a vida eterna: ou esta frase pode projetar o poder e autoridade que Cristo tem, e pode conceder vida eterna; porque ele tem o próprio poder nas suas mãos, e o poder de dar isto a tantos quanto o pai lhe deu; e a eles ele dá a vida: e cada um destes sentidos leva neles uma razão do por que estas almas deveriam ir para Cristo, e para ele só, para vida e salvação.




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Notas:
[1] Cf. Salmos 146:3. N do T
[2] Cf. 2 Crônicas 32:8. N do T