Comentário de João 20:25

O outro discípulo, portanto, disse a ele,… Algum tempo na mesma semacomentario biblico, evangelho de joão, novo testamentona, como eles tinham tido oportunidade de vê-lo, com grande alegria, e plena segurança da fé na ressurreição de Cristo:

Temos visto o Senhor;...
Eles não tinham apenas o testemunho das mulheres, bem como a declaração dos anjos, mas tinham visto com os seus próprios olhos, e viram até mesmo a própria marca dos pregos em suas mãos e pés, e da lança em seu lado, e, portanto, não poderiam ser confundidos da realidade dos fatos: uma visão espiritual de Cristo é uma bênção frequentemente usufruída pelos presentes à assembléia dos santos para ver Cristo, é o desejo de cada alma graciosa, essa é a finalidade da sua reunião em conjunto nos cultos sociais; a palavra e ordenança têm uma tendência para conduzir as almas para uma visão dele, e ele pode ser esperado, porque é prometido, e sempre é muito prazeroso, e uma alma que reúne-se com Cristo em uma ordenança, não pode deixar de falar para os outros, e isso ele faz com alegria e prazer, para o incentivo de outras pessoas para participar nelas também:

Se eu não vir o sinal dos pregos em suas mãos, e não puser o dedo no lugar dos pregos, e não puser a minha mão no seu lado, de maneira nenhuma o crerei. Os pregos que foram utilizados na crucificação de Cristo são mencionados aqui, embora em nenhuma parte mais mencionados; segundo o qual a profecia em Sal. 22:16 foi cumprida;
[1] pois estes nem sempre foram utilizadas neste tipo de morte. Os corpos dos homens eram por vezes fixados à cruz com cordas, e não pregos (s). Quantos foram utilizados, se três, como alguns, ou quatro, como outros, ou mais, tal como foram por vezes usados (t), não é certo, nem material para saber. A cópia Alexandrina, e algumas outras, e as versões da Vulgata Latina, Siríaco, e Persa dizem “o lugar dos pregos”, isto é, o lugar onde os pregos foram colocados. Tomé sabia que Cristo foi fixado à cruz com pregos, e que o seu lado foi perfurado com uma lança, que, embora não estivesse presente, poderia ter recebido essa informação de João, que foi uma testemunha ocular do acontecimento; mas embora todos tivessem visto ele vivo, ele não confiava no depoimento deles, ou pior, ele estava determinado a não acreditar nem mesmo em seus próprios olhos, a menos que ele colocasse o seu dedo, nos ferimentos dos pregos nas suas mãos, e em seu lado, na ferida feita pela lança, ele estava resolvido a não acreditar. E seu pecado da incredulidade é o mais agravado, na medida em que este discípulo esteve presente na ressurreição de Lázaro da morte por Cristo, e que tinha ouvido o próprio Cristo dizer que ele devia ressuscitar dos mortos ao terceiro dia. Podemos aprender disso, consequentemente, quão grande é o pecado da incredulidade, que o melhor dos homens está sujeito a ela também, e que, embora esta fosse governada por divina providência para trazer uma outra prova da ressurreição de Cristo, mesmo assim, isso não desculpa o pecado de Tomé: e isso pode ser observado, que Tomé não iria acreditar sem ver primeiro as marcas dos pregos e da lança em Cristo; para seu próprio prejuízo e laço. A mesma descrença que tomou Tomé os Judeus dizem que ocorreu com Moisés; quando Israel pecou, eles dizem:

“Ele não acreditou que Israel tinha pecado, mas disse, מאמין אם איני רואה איני, “se eu não vir, não acreditarei”.


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Notas

(s) Vid. Lipsium de Cruce, l. 2. c. 8. p. 87. (t) Ib. c. 9. p. 91. (u) Shemot Rabba, sect. 46. fol. 142. 2.
[1] É digo de nota que o Salmo 22:16 na LXX e Vg dizem: “Furaram (cavoucaram) as minhas mãos e os meus pés.” – N do T.