Comentário de João 19:32-34

19:32 - Depois vieram os soldados,... Pilatos tendo concedido aos Judecomentario biblico, evangelho de joão, novo testamentous o que eles desejavam; quer os soldados que crucificaram Cristo, e os outros com ele, que vigiavam os seus corpos, sendo ordenados por Pilatos, foram a partir do local onde eles estavam, ou uma nova companhia, que fora enviada para este fim, vieram da cidade:

E quebraram as pernas do primeiro;… Eles vieram que podia ser aquele que foi crucificado à direita dele, e que era um crente penitente, como alguns têm pensado, mas disso não se tem certeza.

E do outro que estava crucificado com ele;… Que, se o primeiro for o verdadeiro, esse deve ser aquele que o escarneceu; e era essa a posição deles, era um emblema vívido do último dia, quando as ovelhas estarão à direita, e os cabritos à esquerda da mão de Cristo.

19:33 - Mas, quando chegaram a Jesus,... A quem eles haviam passado antes, e agora retornado; isso não fora feito devido à ternura para com ele, mas para que ele pudesse ser mantido mais tempo em tortura, e quem reservaram até o último, para que pudessem usá-lo com a maior crueldade e barbárie:

E viram que ele já estava morto;… Como eles puderam observar pelo baixar de sua cabeça, e pela expressão de sua face, o deslocar de sua mandíbula, e outros sinais:

Nem teria respondido a qualquer finalidade; isso de tão maldosos e iníquos que eles eram contra ele; embora a verdadeira razão fosse, e que os conteve tenha sido a divina providência, para que eles não fizessem isso.

19:34 - Mas um dos soldados,… Cujo nome alguns dizem ter sido Longinns, e foi assim chamado devido a lança com a qual ele furou Cristo:

Com uma lança traspassaram o seu lado;... Seu lado esquerdo, onde fica o coração, embora os pintores façam esta ferida à direita, e da versão Árabe de Erpenius, como citado pelo Dr. Lightfoot, acrescenta a palavra “direito” para fazer o milagre maior: o soldado fez isso, parcialmente pela malevolência por Cristo, e em parte para saber se ele estava realmente morto; e que foi assim ordenado pela divina providência, para que possa ficar claro, sem margem para dúvidas, que ele realmente morreu, e não que ele foi tirado ainda vivo da cruz, de modo que não pudesse existir espaço para pôr em dúvida a veracidade de sua ressurreição, quando ele aparecesse vivo novamente:

E imediatamente saiu sangue e água;… Que é relatado de forma natural pelo transpassar do “pericardium”, que contém uma pequena quantidade de água sobre o coração, e que sendo perfurada uma pessoa, se viva, inevitavelmente morre, mas parece antes ser algo sobrenatural, devido a afirmação que o evangelista faz. A água e o sangue,
[1] para alguns, significam o batismo e a ceia do Senhor, que são ambos originados de Cristo, e provem dele, e referem-se aos seus sofrimentos e morte; mas estes significam as bênçãos de santificação e justificação, a graça de alguém sendo representado pela água, como acontece muitas vezes no Antigo e Novo Testamento, e outros através do sangue, e ambos a partir de Cristo: Cristo era o antítipo da rocha no deserto, o apóstolo nos assegura disso em 1Cor. 10:4, e se os Judeus devem ser acreditados, foi assim nesse exemplo; Jonathan ben Uzziel, em seu Targum sobre Num. 20:11 diz:

“Moisés golpeou a rocha duas vezes, na primeira vez אטיפת אדמא, “sangue jorrou”: e na segunda vez, uma abundância de água.”

O mesmo é afirmado por outros (h) em outro lugar nas mesmas palavras e ordem.


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Notas

(h) Shemot Rabba, sect. 3. fol. 94. 1. Zohar em Num. fol. 102. 4.
[1] Cf. 1 João 5:6, 8. N do T.