Comentário de João 14:26

Mas, o Consolador, [que é] o Espírito Santo... Antes mencionado, João 14:1comentario biblico, evangelho de joão, novo testamento6, aquele que Cristo prometeu ao orar por ele ao seu Pai para que ele pudesse ser dado aos seus discípulos. A palavra usada lá, como aqui, significa um "defensor", e é vertida assim, 1 João 2:1, um protetor, um que alega e defende a causa do outro, diante dos reis e príncipes; assim os escritores judeus (z) usam a palavra פרקליט, a mesma com παρακλητος, aqui, e dá isso como o sentido aqui: e que concorda bastante com o trabalho e ofício do Espírito de Deus que prometeu aos apóstolos para falar neles e por eles, quando eles deveriam ser trazidos diante dos reis e governadores para a causa de Cristo;[1] e iria pleitear completamente a causa deles, como convencer o mundo do pecado, a retidão e julgamento; e que age como um intercessor, ou advogado, para crentes privados, em oração ao Rei dos reis: mas já que também significa um "consolador", e isso estando em harmonia com a situação em que se encontravam os apóstolos, como antes observado; pode ser muito próprio reter esse sentido aqui, que é explicado sendo o Espírito Santo; que é uma relato mais claro e explícito dele, e muito distintamente aponta para a terceira pessoa da Trindade que é na sua natureza santo igualmente com o Pai e Filho, e o autor da santidade em todos os santos:

A quem o Pai enviará em meu nome. A missão do Espírito é designada aqui ao Pai, mas não para a exclusão do Filho que também é dito como o enviando, João 15:26, e que não era tão próprio para ser mencionado aqui, porque ele fala dele sendo enviado, "no seu nome"; quer dizer, ao pedido dele, pela mediação dele e intercessão, no lugar dele, agindo da mesma parte, e levando o mesmo nome de defensor ou consolador, e para a glória e honra do seu nome: qual ato de enviar não supõe qualquer movimento local que não pode concordar com um espírito infinito e imenso; nem de uma inferioridade nele para com as outras duas pessoas, visto que ele, que é enviado por Cristo, e no seu nome, também é o remetente de Cristo; mas denota o consentimento em comum e acordo do Pai, Filho, e Espírito, neste assunto:

Ele vos ensinará toda a verdade: Essa é a obra do Espírito, ensinar, interpretar, e explicar todas as coisas que Cristo tinha dito a eles; para faze-las mais fácil para o entendimento deles; para instrui-los em todas as coisas necessárias para a salvação, e para ser feito conhecido a eles, e para que eles possam enviar a outros:

E vos lembrará de todas as coisas, de tudo do que vos tenho dito;... O qual por desatenção, ou por falta de entendimento neles, tinha deslizado das suas mentes, e foi esquecido por eles. Isto se evidencia grandemente, nos escritos dos evangelistas alguns anos depois da morte de Cristo; e em tempos diferentes e lugares, e sem consultar um ao outro, onde eles puderam relatar e escrever a vida, ações, declarações, e sermões de Cristo, com todas as circunstâncias minuciosas que assistem a eles.


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Notas

(z) Maimon. & Bartenora in Pirke Abot, c. 4. sect. 11.
[1] Cf. Mateus 10:19, 20. N do T.