João 1:5 — Comentário de John Gill

João 1:5

E a luz brilha na escuridão,... Que, através do pecado, veio sobre as mentes dos homens; que estão naturalmente na escuridão da natureza e apartados das perfeições de Deus; sobre o pecado, e as consequências dele; sobre Cristo, e a Salvação por ele; sobre o Espírito de Deus e sua obra sobre a alma; e sobre as Escrituras da verdade, e as doutrinas do Evangelho. O homem foi criado como uma criatura racional, mas não contente com o seu conhecimento, ele pecou; em sua natureza ele é banido da presença de Deus, a fonte de luz; o que trouxe uma escuridão sobre ele, e sua posteridade, e que é aumentada neles pela iniquidade pessoal, e sobre quem satanás, o deus desse mundo,[1] tem a sua mão; e, às vezes, eles são deixados a cegueira judicial,[2] e que cai em pior escuridão, se a graça não prevalecer:[3] agora, no meio dessa escuridão, há alguns restos de luz da natureza: com respeito ao ser de Deus, que brilha nas obras da criação,[4] providência e a adoração de Deus; e ao conhecimento moral do bem e do mal:[5]

E a escuridão não a compreendeu;... Ou “não a percebeu”; como verte a versão Siríaca. Pela luz da natureza, e os restos dela, os homens não poderia vir a qualquer conhecimento claro e distinto das coisas de cima; e muito menos de qualquer conhecimento da verdadeira salvação: a menos que, antes, possamos entender de “luz”, como a luz do Messias, ou do Evangelho, brilhando nas figuras, tipos, e sombras da lei, e nas profecias e promessas do Antigo Testamento: e ainda, tal era a escuridão sobre a mente dos homens, que não podiam entendê-lo muito claramente, e muito menos compreendê-lo totalmente, por isso havia a necessidade de uma nova e completa revelação: um registro do qual se segue.


Fonte: John Gill's Exposition of the Entire Bible
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[1] Cf. 2 Coríntios 4:4. N do T.
[2] Cf. João 12:40. N do T.
[3] Cf. João 9:41. N do T.
[4] Cf. Romanos 1:10. N do T.
[5] Cf. Romanos 2:14. N do T.